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Janeiro 20, 2022

Vamos falar de queda de cabelo!

Apesar de ninguém morrer por causa do cabelo, a sua falta interfere muitíssimo com a autoestima e é causa frequente de ansiedade.

Apesar de ninguém morrer por causa do cabelo, a sua falta interfere muitíssimo com a autoestima e é causa frequente de ansiedade. Afinal o cabelo é parte integrante da nossa imagem, contribui para a nossa definição de género e transmite informação sensorial. Consegue imaginar-se sem cabelo? Difícil, certo?

Pêlos e Cabelos

Os pêlos crescem em TODA a superfície da pele com exceção das palmas das mãos, plantas dos pés e mucosas (não crescem nos lábios, por exemplo). No tronco e corpo podem ser muito finos, quase invisíveis, e são chamados de “pêlos tipo velo”; no couro cabeludo são mais grossos (pêlos terminais) e são chamados de “cabelos”. Temos cerca de 5 milhões de pêlos no corpo humano dos quais cerca de 100 000 são cabelos no couro cabeludo.

Como é um cabelo?

O cabelo divide-se em 2 estruturas diferentes: o folículo piloso, ou raiz do cabelo, parte que está na derme (incluída na pele) e a haste pilar, constituída por uma protéina dura (a queratina) e que está à superfície da pele (a estrutura que vemos).

Cada folículo de cabelo tem o seu próprio ciclo de crescimento constituído por 3 fases: 1- anagéne- fase de crescimento e que dura 2 a 6 anos; 2- catagéne- fase de transição,  que dura 2 a 3 semanas; 3- telogéne – fase de repouso e queda, que dura de 2 a 3 meses e no fim da qual o cabelo cai e começa a ser substituído por outro e novo ciclo começa. Os ciclos dos cabelos estão desencontrados – por isso temos sempre cabelo a nascer e cabelo a cair. Em média, caem por dia, 100 cabelos, por isso não fique em pânico quando vir cabelo na escova ou na banheira.

E quando a Queda Aumenta?

Chama-se, em termos médicos, “Alopécia”, à queda exagerada de cabelo.

Há muitos tipos de Alopécia: alopécia androgenética (genética), alopécia areata (imunidade, stress, causa não identificada), alopécia pós parto (alterações hormonais), alopécias cicatriciais (resultantes de doenças inflamatórias do couro cabeludo) e alopécia involucional (resultante da idade – sim, o cabelo também envelhece –  fica mais fino , frágil, esparso).

E cai porquê?

Nem sempre se sabe o porquê de haver menos cabelo mas sabemos vários factores que influenciam (e muito) o crescimento e queda de cabelo: as hormonas (por ex. androgénios, tiroideias), o stress, doenças graves, consumptivas, infeções, medicamentos (quimioterapia, antidepressivos, anticoagulantes,…), radioterapia, doenças autoimunes, dietas desequilibradas, má técnica de escovagem ou cosmética capilar e claro, a genética (a herança de genes que proporcionam calvície é um forte factor de alopécia androgénica).

E tratamos Como?

Com tantos tipos de alopécia e com tantos factores que influenciam o seu cabelo o melhor mesmo é consultar o seu dermatologista. E então estudar a melhor solução terapêutica para o seu caso. Porque entre medicamentos, suplementos orais, loções, champôs, mesoterapia, bioestimulação com factores de crescimento, fotomodulação e transplante, haverá uma solução adequada para si.



Drª Leonor Girão

Clínica Dermatologia do Areeiro.

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